Diferente de uma prova de escola, faculdade ou concurso público,
o exame não só avalia conhecimento sobre certo assunto. O exame de Krav Maga cria um ambiente, um estado físico e emocional, que visa aproximar-se o melhor possível do estresse de uma situação real de agressão. Cansaço, nervosismo, e o sentimento que freia, dizendo, “isso é impossível”, aos poucos são encarados com mais facilidade. A cada nova cor de faixa na cintura, além das técnicas ensinadas, além das dificuldades para execução das técnicas em simulações fora da zona de conforto, há sempre um desafio a mais para se conquistar sozinho, um exame físico, uma responsabilidade maior na sociedade, uma barreira a ser rompida. Porque aquele que acha impossível uma simples corrida, nunca vai entender ser possível, encarar uma ameaça de uma faca, por exemplo. Aquele que quer chegar em uma faixa de graduação mais alta, deve dar algo mais sempre, ou vai permanecer na graduação que está. É assim na vida, para crescer, não basta fazer o mesmo todos os dias, é preciso fazer pouco mais, e esse pouco mais deve ser capaz de nos levar a tentar ir sempre pouco mais longe. A faixa não é como uma medalha, não é um troféu, não é como nota em uma prova, é uma conquista. Um desejo de ir mais longe. Um tapa nas costas, às vezes Mestre Kobi dá tapa na cabeça mesmo, quem recebeu faixa preta sabe, não é só um parabéns pela vitória, é um empurrão que diz, vai mais, mais prá frente, prá cima, tem mais passos a conquistar, mais degraus prá subir…